A caminhada pelo Beira-Rio é clara. A água, apesar de já não estar mais, deixou “cicatrizes” pela enchente que deteriorou o estádio. O Inter enfrentou a crise e trabalha para colocar sua casa pronta para Eduardo Coudet e o grupo. O que ocorrerá em julho. Todavia, o gramado, prestes a ser concluído, permitirá que treinos sejam realizados ainda antes.
O clube abriu as portas para a imprensa observar a evolução da reforma na manhã desta terça-feira. Cerca de 600 funcionários trabalham em três turnos, quando não invadem a madrugada, para que o Beira-Rio reencontre o seu povo.
O gramado de inverno foi replantado e o verde já toma corpo. A expectativa é que em até 10 dias seja concluído o processo. Há quatro estufas que ajudam artificialmente na retomada quando já não há luz natural.
A água atingiu 80 cm e chegou ao segundo anel de cadeiras. O cheiro ainda é marcante em algumas dependências do estádio. As portas de banheiros e os vestiários acabaram retiradas.
O Beira-Rio já conta com água e luz restabelecidos. A limpeza persiste no estádio e há expectativa de ser finalizada até o fim da semana. Catracas de acesso passam por testes.
O clube precisará trocar equipamentos das salas de coletivas e projeta o fim do mês para a finalização do processo. O museu passa pela higienização e não houve impacto na exposição permanente porque fica no segundo andar.
O Inter evita estipular a data concreta do primeiro jogo em que voltará a atuar, mas estão previstos os duelos com o Juventude pela Copa do Brasil e Rosario Central em julho. Há possibilidade do grupo de Eduardo Coudet voltar a treinar no estádio ainda em junho.
A ideia é voltar com todo estádio aberto e não apenas o anel superior. A BRio, parceira do clube, debate com os bares condições especiais de pagamentos.
O fato de ficar sem jogos no clube causou uma queda na adimplência de sócios, o que a direção acredita ser recuperado tão logo as partidas voltem a ocorrer no Beira-Rio.
Em relação ao CT Parque Gigante, o Inter iniciou a reconstrução dos prédios na semana passada e projeta finalizar em até 90 dias. Nos campos, os funcionários trabalham para retirar o lodo.
A direção estima um prejuízo entre R$ 35 milhões, mas ainda finaliza os estudos. Boa parte do valor será coberto pelo seguro do estádio.
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